Trainwreck


O que pensei quando vi os nomes Judd Apatow e Amy Shumer na mesma ficha técnica? Parafraseando o meu amigo Austin Powers, exclamei para comigo, SHAGADELIC! 

Apatow antes de se aventurar pela sétima arte, colaborou, quer como produtor quer como argumentista em várias séries televisivas, onde trabalhou com grandes nomes da comédia norte-americana como Tom Arnold, Ben Stiller, Garry Shandling ou Jeffrey Tambor. 
Mas foi com “Freaks and Geeks” que começou a ganhar alguma notoriedade. Na altura, ainda um desconhecido, Apatow foi buscar a esta série Seth Rogen, juntou-lhe o eterno secundário da comédia Paul Rudd, o ainda anónimo Jonah Hill e como seu co-argumentista e protagonista ainda se veio juntar o, agora, inconfundível Steve Carrell. Estes foram os ingredientes necessários para criar o seu primeiro filme – Virgem aos 40. Este para além de ter sido um tremendo sucesso junto do público, catapultou todos estes nomes para o cinema do género.  


E agora na sua quinta produção, junta-se à Senhora da Comédia do momento – Amy Shumer. Ela está em todas! O seu programa televisivo de sketchs “Inside Amy Shumer” é um sucesso, tendo ganho inclusivamente um Emmy nesta ultima edição, os seus espetáculos de stand-up esgotam salas e salas nos Estados Unidos, é protagonista de várias produções fotográficas hilariantes – mandatório ver a produção da GQ parodiando a saga Star Wars, e até é um dos meses do famoso calendário da Pirelli 2016!  
Com realização de Apatow e argumento de Shumer nasce Trainwreck. Uma comédia que conta a história de Amy (Amy Shumer) que durante o dia é uma jornalista na revista Snuff que conta com peças sobre se o alho pode alterar o sabor do sémen e de noite assume quase o papel de uma self destructive person que se embebeda em bares à procura da sua one night stand!
Mas como em todas as comédias românticas, chega o momento fraturante em que tudo se altera. E esse é quando Amy conhece o Dr. Maravilha Aaron (Bill Hader), o médico estrela de uma equipa de basquetebol, figura central de uma das suas peças jornalísticas. 
O modus operandi é sempre o mesmo: sair, beber e acabar na cama. 
Até que no dia seguinte, ao invés dos restantes, ela é procurada e, após uma primeira fase quase catatónica por este súbito interesse do sexo oposto, Amy acaba por deixar entrar este ser na sua vida e apaixonar-se…
Não sendo perfeito, Trainwreck é um filme inteligente, divertido e que acima de tudo salienta a força e a presença da sua protagonista, a grande Amy Shumer!

Sofia Pissarra

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